segunda-feira, 28 de maio de 2012

Enciclopédia de sonhos



Meu corpo em espasmos saindo da minha mente. Pirotecnia de atores franceses que me odeiam.
Mordi o dedo de um garçom nas ruas de Buenos Aires depois de eu lhe afirmar que o meu pai era fazendeiro.
Estupro noturno do bicho de sete cabeças, suor com lençol molhado do meu primeiro orgasmo.
Falha de memória no meu pulo de um mundo para o outro, apontei meu dedo mindinho bem na cara do Bullying da minha infância.
Cai de uma árvore no colo do Buda que me fez chorar depois de me bater tão forte no meu bumbum.
Entrei no elevador espelhado com um buraco ocular que dava a ver o calidoscópio do mundo dos gigantes. O elevador caiu em queda livre para dentro de um carro em fuga, ladeira a baixo da favela em que Zebras gigantes habitam. Entrei em um casebre onde multi-homens me tateiam. Eu me vendi por 2 reais e um copo de bebida, me entreguei no chão de terra batida. Levei um pontapé, escutei o grito da rua e senti nos meus ouvidos o bafo da cidade. Paralisada em um evento negro o pânico se instalou nas pontas dos meus pés, mexi dedo por dedo até o ar explodir meus pulmões. Acho que acordei chorando
(Quem me amou não me ama mais)

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