Muitas
vezes
cagar e andar
evita
a pistola
de
me matar
terça-feira, 25 de dezembro de 2012
Como evacuar um conservador
para a minha amada Tia Helo
A cada discurso
Just Smile and Nod
Chegando em casa
faça questão
de cagar
feliz
cada
um dos
sapos
engolidos
e não se esqueça:
Ninguém duvida de Louco
e
se digo louco
falo dos que sabem
cagar sem Activia
e antes da descarga
se limpam
gostoso
com uma
capa da
Veja
A cada discurso
Just Smile and Nod
Chegando em casa
faça questão
de cagar
feliz
cada
um dos
sapos
engolidos
e não se esqueça:
Ninguém duvida de Louco
e
se digo louco
falo dos que sabem
cagar sem Activia
e antes da descarga
se limpam
gostoso
com uma
capa da
Veja
domingo, 23 de dezembro de 2012
Sou Etílica
Se não aguenta
bebe leite
Melhor um copo na mão, do que dois no balcão
-Sabedoria Paterna quase nunca erra-
bebe leite
Melhor um copo na mão, do que dois no balcão
-Sabedoria Paterna quase nunca erra-
Dislexia Comemorativa
No
Ano Novo:
Feliz Aniversário
No
Aniversário:
Feliz Natal
No
Natal:
Meus pesames
Ano Novo:
Feliz Aniversário
No
Aniversário:
Feliz Natal
No
Natal:
Meus pesames
sábado, 22 de dezembro de 2012
Sobre o término e seus encantos
Desculpa-me culpa,
dupla e adulterina.
Faça a graça de me gritar de vez.
Cale-se consciência alheia;
Para ti não devo nada.
O seu compromisso é
do outro lado da moeda.
A face que caiu foi a sua cara,
e a coroa me serviu.
Pouco me importa as consequências
de seus erros.
Estou cagando e andando para a sua dor
complicadas no parto.
O buraco que nos cabe já
suspeita da nossa carne como um Urubu.
O atestado já foi dado,
o que nos falta é o óbito
dupla e adulterina.
Faça a graça de me gritar de vez.
Cale-se consciência alheia;
Para ti não devo nada.
O seu compromisso é
do outro lado da moeda.
A face que caiu foi a sua cara,
e a coroa me serviu.
Pouco me importa as consequências
de seus erros.
Estou cagando e andando para a sua dor
complicadas no parto.
O buraco que nos cabe já
suspeita da nossa carne como um Urubu.
O atestado já foi dado,
o que nos falta é o óbito
Angela Rô Rô
Agela, também tem
gente me dizendo que
eu ando
falando demais
bebendo demais
fumando demais
fazendo anedotas
demais
até
rindo demais
Sô porque
enquanto agente vive
demais
eles
morrem
demais
gente me dizendo que
eu ando
falando demais
bebendo demais
fumando demais
fazendo anedotas
demais
até
rindo demais
Sô porque
enquanto agente vive
demais
eles
morrem
demais
sexta-feira, 21 de dezembro de 2012
O Poeta do Tédio diz ter preguiça
O Tédio é reprimido
se entdia de enfrentar
usando saias
para ganhar fãs
fãs do tédio
que não o
entedia
Ser amado
por mulheres
que não
sejam
sua
mãe
A fonte de toda e inteira
poesia
sua
Do sexo e dos caralhos
ele fala
Enquanto em quatro paredes
chama o seu caralho
de Pipi
Pipi, mulheres desse mundão, Pipi!
A preguiça se tornou minha
por ele
seu corpo
sua poesia
e sua fraca
ideologia
Passe Bem
como um morto
para uma vida
que grita, toda e por inteira
SEM
preguiça
e meu tédio
se limita
em te olhar, ouvir
e principalmente
ler
A humanida agradece
e bocejando
se despede
Olhando para o epitáfio
Aqui jaz alguém
mole, mole
mole como
um pipi
que nunca virou pinto
se entdia de enfrentar
usando saias
para ganhar fãs
fãs do tédio
que não o
entedia
Ser amado
por mulheres
que não
sejam
sua
mãe
A fonte de toda e inteira
poesia
sua
Do sexo e dos caralhos
ele fala
Enquanto em quatro paredes
chama o seu caralho
de Pipi
Pipi, mulheres desse mundão, Pipi!
A preguiça se tornou minha
por ele
seu corpo
sua poesia
e sua fraca
ideologia
Passe Bem
como um morto
para uma vida
que grita, toda e por inteira
SEM
preguiça
e meu tédio
se limita
em te olhar, ouvir
e principalmente
ler
A humanida agradece
e bocejando
se despede
Olhando para o epitáfio
Aqui jaz alguém
mole, mole
mole como
um pipi
que nunca virou pinto
quinta-feira, 20 de dezembro de 2012
My Brother(s)
Black&White
estatisticos
índios
Amarelado
conceito
com
pré
pós
humanos
intimi(do)
da
dados
os
os
os
os
Quebrando
na tierra
Portuguesa
Burguesa
Espanhola
Americana
Ana
de
terra
permanente
mente
corta Dada
estatisticos
índios
Amarelado
conceito
com
pré
pós
humanos
intimi(do)
da
dados
os
os
os
os
Quebrando
na tierra
Portuguesa
Burguesa
Espanhola
Americana
Ana
de
terra
permanente
mente
corta Dada
Deliberados
ser feliz, o melhor lugar é ser feliz -Caetano Veloso-
Provados em substituição
de time certeiro
Os que fazem gol
Os que impedem gol
Devaneio para as linhas de fora
da quadra
do time
devaneio nas mães e suas mãos
devaneio no banco irriquieto
dos que podem se trocar
Tocam-me
nua, olho para aquilo que não sei dizer
time concreto
sou turma discreta
de
ti
mim
&
nós
Provados em substituição
de time certeiro
Os que fazem gol
Os que impedem gol
Devaneio para as linhas de fora
da quadra
do time
devaneio nas mães e suas mãos
devaneio no banco irriquieto
dos que podem se trocar
Tocam-me
nua, olho para aquilo que não sei dizer
time concreto
sou turma discreta
de
ti
mim
&
nós
Logo eu
Que me entupi
de movimentos
desonantes
antes mesmo
eu
logo eu
de compreender
a logística
do cinema
que notam
a imagem
e não
o possível
eu
logo eu
que me melo e molho
nas construções
em papel
em desenho
ou alfabeto
de notas
notas!
que notam
eu desmontar cavalos
e andar
com pés
de humanos
eu
logo eu
de movimentos
desonantes
antes mesmo
eu
logo eu
de compreender
a logística
do cinema
que notam
a imagem
e não
o possível
eu
logo eu
que me melo e molho
nas construções
em papel
em desenho
ou alfabeto
de notas
notas!
que notam
eu desmontar cavalos
e andar
com pés
de humanos
eu
logo eu
quarta-feira, 19 de dezembro de 2012
The Mediocre Bit
The knife
keeps staring at me
It reflects up and down
I hate you in the reflection
on the back of my eye
The knife
keeps staring at my chest
I know they are big
no need of refletion
to explain
Those who work
I envy
not the money but
the way
they go on
And the Knife
keeps satring at my eyes
Not the river
the knife
It´s sharp to live
the life
not death
keeps staring deep
in my soul
The mediocre bit
is what keeps me
alive
not the drugs
the knife
keeps staring at me
It reflects up and down
I hate you in the reflection
on the back of my eye
The knife
keeps staring at my chest
I know they are big
no need of refletion
to explain
Those who work
I envy
not the money but
the way
they go on
And the Knife
keeps satring at my eyes
Not the river
the knife
It´s sharp to live
the life
not death
keeps staring deep
in my soul
The mediocre bit
is what keeps me
alive
not the drugs
the knife
Growth
para Matheus Carrera Massabki
Hey Kid, grab me a beer will ya?
Put on some tracks on the radio and
take off your clothes...
Kid, the world is crap, no need
for tears, crying is over rated
That´s why I fake it every night.
Kid I think I am no longer a girl
I think the universe wants me to know
I´ve been a woman for quite a while...
Hey Kid, you have a misunderstood smille
that I olnly found out why today...
Your life is only beggining and your soul
is trying to let me know that
I need to move on...
Go on Kid, embrace the streets, go on leaving
those pretty girls, skinny, white, crazy girls
They won´t do you any harm, I promisse Kid
They will ask you for a night, maybe stay
for 2 and 3, ýou might remenber me, but
you should see my soul moving away.
I will be standing on the door saying:
I´ve seen it all before...
I might even be on a swing chair
writing down the movements of your legs...
I will miss you Kid
When I get back you will be already
a man...
Hey Kid, grab me a beer will ya?
Put on some tracks on the radio and
take off your clothes...
Kid, the world is crap, no need
for tears, crying is over rated
That´s why I fake it every night.
Kid I think I am no longer a girl
I think the universe wants me to know
I´ve been a woman for quite a while...
Hey Kid, you have a misunderstood smille
that I olnly found out why today...
Your life is only beggining and your soul
is trying to let me know that
I need to move on...
Go on Kid, embrace the streets, go on leaving
those pretty girls, skinny, white, crazy girls
They won´t do you any harm, I promisse Kid
They will ask you for a night, maybe stay
for 2 and 3, ýou might remenber me, but
you should see my soul moving away.
I will be standing on the door saying:
I´ve seen it all before...
I might even be on a swing chair
writing down the movements of your legs...
I will miss you Kid
When I get back you will be already
a man...
terça-feira, 18 de dezembro de 2012
Clocking and Waiting
They say
I have to wait
wait to know
this and that
They say:
it´s only
matter of time
time to wait
and I wait
wait to know
when it´s time
that I won´t
need to wait,
wait no more.
time that I can Tic
time that I can Tac
wait my time
say my clock
baby I will wait
(that´s for sure)
wait to know
when it´s mine
time that I can
tic-tac with you again.
I have to wait
wait to know
this and that
They say:
it´s only
matter of time
time to wait
and I wait
wait to know
when it´s time
that I won´t
need to wait,
wait no more.
time that I can Tic
time that I can Tac
wait my time
say my clock
baby I will wait
(that´s for sure)
wait to know
when it´s mine
time that I can
tic-tac with you again.
segunda-feira, 17 de dezembro de 2012
domingo, 16 de dezembro de 2012
Com o nome de flor
pétala
bemequer
malmequer
pétala
malmequer
bemequer
Margarida,
na hora da dúvida
por sorte
eu nasci
cebola
bemequer
malmequer
pétala
malmequer
bemequer
Margarida,
na hora da dúvida
por sorte
eu nasci
cebola
sexta-feira, 14 de dezembro de 2012
The Girl on The Bus
My lord, I cry out loud
for forgiviness.
My way into happiness
It´s in vain, the wait.
My lord, the ugly girl on the bus
She smells and makes me ill,
I sit so close to her
desfigured look.
I hate her.
I will, my will, my way
giving up it´s not a chance
What is cahnged, what is mine.
The light, the glow
Damned little smelly girl
Looking so ugly crossing down the streets.
The desire of the traffic lights,
It´s only red, yellow, green.
I wish it turned blue.
Downtown smells like soup,
That stink in the bus reminds me of you,
ugly little girl.
I wonder how would taste my pies when I become a grandmother;
Will my grandchildren
be as ugly as you ugly little girl?
I wish I could kill time,
Wish I could kill ugly girls like you.
The only girl I am allowed to kill
it´s me.
Oh Lord, how wise of you
for making me
as ugly as the girls I want to kill.
quinta-feira, 13 de dezembro de 2012
MoonShiner
para Robbie Heuston
Wherever you are
I know you still
know my name
know my heart
my desire
follow you
like a child
my dreams
are sweaty
like a bottle
MoonShiner
I love you still
till´ tomorrow comes
Wherever you are
I know you still
know my name
know my heart
my desire
follow you
like a child
my dreams
are sweaty
like a bottle
MoonShiner
I love you still
H@mém
Ó! Burrro é o homem que acredita que modificando a escrita, modifica-se a oralidade, espelho da realidade.
quarta-feira, 12 de dezembro de 2012
Senhorita M.
Passo o ponto
final
da personagem
coadjuvante
de noitadas
e
penumbras
Dessa Marcela
só existe
outras
mais
misteriosas e silenciadas
do que
eu
final
da personagem
coadjuvante
de noitadas
e
penumbras
Dessa Marcela
só existe
outras
mais
misteriosas e silenciadas
do que
eu
terça-feira, 11 de dezembro de 2012
sábado, 8 de dezembro de 2012
Tal como
Acho meu c(s)into
procurando
a minha última calça
tal como
Acho meus sonhos
procurando
a minha última lembrança
procurando
a minha última calça
tal como
Acho meus sonhos
procurando
a minha última lembrança
Jantares românticos que terminam em brigas
e
Como a vela na mesa
fico que nem Candelário
cheia de cera e
muita dor de cotovelo
Como a vela na mesa
fico que nem Candelário
cheia de cera e
muita dor de cotovelo
Bodas
O Brechó
da tia
Cidinha
foi onde
você me pediu
em casamento
e eu aceitei
que você
pagasse
O meu
paletó
blusa coladinha
calça
&
calçados
da tia
Cidinha
foi onde
você me pediu
em casamento
e eu aceitei
que você
pagasse
O meu
paletó
blusa coladinha
calça
&
calçados
Eu subo, eu desco. É paz e amor
Pela madrugada
são
dos meus
que encontro
me dizendo
que
só por hoje
estou um bucado calada
É
que
ficou os carinhos de um outrém
que como você,
acredita que escrever paz
é
fazer amor
são
dos meus
que encontro
me dizendo
que
só por hoje
estou um bucado calada
É
que
ficou os carinhos de um outrém
que como você,
acredita que escrever paz
é
fazer amor
Drink&Delírio
https://soundcloud.com/#marcelathome/drink-del-rio
50 reais
Itaú semi24h
Linha-verde
Páginas roubadas
para uma viagem
de
30 minutos
O tic-tac
racional
O tic-tac
emocional
Um drops
para ligar
-Tô chegando
Gim
cerveja
Gim
Cerveja
Se olho
no
espelho
Não
quero
me
olhar
Gim
Gim
Gim
Arrebento
uma
risada
assustando
os
expectadores
Se me escuto
não
quero mais me
escutar
Gim
Gim
Gim
Pergunto
se os
entedio
Pergunto
se os
agonizo
Mas nunca
escuto
o que eles
tem a
me responder
Desacredito
no eco
dos
sóbrios
Resolvo
dançar
para espantar
os
mosquitos
E quando
eles vão
embora
entristeço-me
Vítimizo
a mim mesma
dizendo
que foi
abandono
-Garçom!
No resto
sempre
tem
mais festa
para
os desesperados
GimGimGim!
6 da matina
o ônibus
me leva
Para uma cozinha
que sempre
me recebe
de cadeiras
abertas
debruçadas
ao meu
abraço
choro e
delírio
50 reais
Itaú semi24h
Linha-verde
Páginas roubadas
para uma viagem
de
30 minutos
O tic-tac
racional
O tic-tac
emocional
Um drops
para ligar
-Tô chegando
Gim
cerveja
Gim
Cerveja
Se olho
no
espelho
Não
quero
me
olhar
Gim
Gim
Gim
Arrebento
uma
risada
assustando
os
expectadores
Se me escuto
não
quero mais me
escutar
Gim
Gim
Gim
Pergunto
se os
entedio
Pergunto
se os
agonizo
Mas nunca
escuto
o que eles
tem a
me responder
Desacredito
no eco
dos
sóbrios
Resolvo
dançar
para espantar
os
mosquitos
E quando
eles vão
embora
entristeço-me
Vítimizo
a mim mesma
dizendo
que foi
abandono
-Garçom!
No resto
sempre
tem
mais festa
para
os desesperados
GimGimGim!
6 da matina
o ônibus
me leva
Para uma cozinha
que sempre
me recebe
de cadeiras
abertas
debruçadas
ao meu
abraço
choro e
delírio
quinta-feira, 6 de dezembro de 2012
The -ing Form
On the clock
now!
Get
ing
a bite
to eat
Get
ing
a fork
to speak
before
the mouths
are full
ing
the streets
with
little
disasters
tast
ing
like beers
Oh! summer
ing
we were
only
summer
ing
Walk
ing
to
books
in
little
time-blues
apartments
sex
ing
a
few
more
hours
to call
the day
off
and
the
verbs
a rest
i
ng
while we are
play
ing
the role
of
full
ing
The summer
and
pretend
ing
that
in
the morn
ing
rain
i
n
g t h
e
n d i
n
g
now!
Get
ing
a bite
to eat
Get
ing
a fork
to speak
before
the mouths
are full
ing
the streets
with
little
disasters
tast
ing
like beers
Oh! summer
ing
we were
only
summer
ing
Walk
ing
to
books
in
little
time-blues
apartments
sex
ing
a
few
more
hours
to call
the day
off
and
the
verbs
a rest
i
ng
while we are
play
ing
the role
of
full
ing
The summer
and
pretend
ing
that
in
the morn
ing
rain
i
n
g t h
e
n d i
n
g
Uma cri-crítica lírica
Ai, ele pede
por poetas
incandescentes
estuprarem
macacos
postumum
beatniks
Parar,
aonde viemos
parar.
Onde viemos parar?
Repara sempre
em
crônica
doença metodológica
de
criar
amantes apaixonadas
por teu mistério
de palavras
capengas
idosas
e
vazias
Curiosos sentimentos
sobre
escombros
de homens
auto-
intitulados
macacos
Howwl!
for mercy
and
drug-adicted
type
of poets
Cof!Cof!Cof!
Espejo tralha
escrevendo
nova
neva
poesia
e nevo
em cima
em
baixo
por trás
de perspectivas
animalesca
para compreender
os seus grunidos
que se rebelam
burguesamente
contra
a si
mesmos
Macaco
quer
banana
pena
que pra
essa
poesia
macaca
a
banana
tá
podre
e já faz tempo
por poetas
incandescentes
estuprarem
macacos
postumum
beatniks
Parar,
aonde viemos
parar.
Onde viemos parar?
Repara sempre
em
crônica
doença metodológica
de
criar
amantes apaixonadas
por teu mistério
de palavras
capengas
idosas
e
vazias
Curiosos sentimentos
sobre
escombros
de homens
auto-
intitulados
macacos
Howwl!
for mercy
and
drug-adicted
type
of poets
Cof!Cof!Cof!
Espejo tralha
escrevendo
nova
neva
poesia
e nevo
em cima
em
baixo
por trás
de perspectivas
animalesca
para compreender
os seus grunidos
que se rebelam
burguesamente
contra
a si
mesmos
Macaco
quer
banana
pena
que pra
essa
poesia
macaca
a
banana
tá
podre
e já faz tempo
Os paranóia Lá da Terra
Ele não me
deixa
fazer
nada disso
O céu
Eu tenho
que
parecer
real
Correr e correr
como um Avatar
atrás da luz
e de
mais
uma dimensão
Em cima
de arcaicas
rodas
deixa
fazer
nada disso
O céu
Eu tenho
que
parecer
real
Correr e correr
como um Avatar
atrás da luz
e de
mais
uma dimensão
Em cima
de arcaicas
rodas
Traição Simultânea de uma amizade colorida, monocromática ou quase isso
http://www.youtube.com/watch?v=OTnuKVqRmdY
Você tem direitos
de manter
seus silêncios
(sem que isso inoportune o meu)
Qualquer coisa que digas
SERÁ usado contra você
(sei que aprendeu isso fazendo coxinhas com as mãos)
Qualquer coisa que fizer
SERÁ usado contra você
na corte das leis...
Então não seja tão otário
não, não seja tão otário
Não se aproxime tanto de mim, mon cher
Deixe suas mãos
where I can´t see
Não sabe que o teu coro
é desejado
por mais
de 50
estados,
mon cher?
Eu amo,
mas
não é up to me
é
up to you
e sempre foi
sempre foi
foi
cê vê
que
é
uma montanha?
uma estatua?
Você tem retinas
poluidas
de imagens
e vejo
alguns
motivos
(monocromáticos)
para mentir
Não te condeno,
meu caro,
por ser tão sábio
Você, meu chapa
só ultrapassou
a linha em
que eu deito
eu me coloco de pé
Você nunca
dobrou
de volta
(olhou
em volta)
Que amante tua
está suficiente
molhada
para ti
esta noite?
Ela é outra,
dentro e fora,
da sua
morada?
Fui eu,
dentro e fora,
da sua
porta?
Deixe suas mãos
where I can´t see
Não sabe que o teu coro
é desejado
por mais
de 50
estados,
mon cher?
Eu amo,
mas
não é up to me
é
up to you
e sempre foi
sempre foi
foi
E
sobre
as coisas
que me
disse
na orelha
(PACHORRA)
abrindo
(cinicamente)
o seu portão
(cinicamente)
sorrindo
Aiiiii!
Como quis,
eu,
Gritar
Todas as
coisas que
entraram
on
my
mind
Meu amigo
tá foda
te
vê
Tá mais
f
ácil
te deixar
de banca
É que sabe
teve um tempo
que eu precisei
MAIS
de você
mon cher
Você tem direitos
de manter
seus silêncios
(sem que isso inoportune o meu)
Qualquer coisa que digas
SERÁ usado contra você
(sei que aprendeu isso fazendo coxinhas com as mãos)
Qualquer coisa que fizer
SERÁ usado contra você
na corte das leis...
Então não seja tão otário
não, não seja tão otário
Não se aproxime tanto de mim, mon cher
Deixe suas mãos
where I can´t see
Não sabe que o teu coro
é desejado
por mais
de 50
estados,
mon cher?
Eu amo,
mas
não é up to me
é
up to you
e sempre foi
sempre foi
foi
cê vê
que
é
uma montanha?
uma estatua?
Você tem retinas
poluidas
de imagens
e vejo
alguns
motivos
(monocromáticos)
para mentir
Não te condeno,
meu caro,
por ser tão sábio
Você, meu chapa
só ultrapassou
a linha em
que eu deito
eu me coloco de pé
Você nunca
dobrou
de volta
(olhou
em volta)
Que amante tua
está suficiente
molhada
para ti
esta noite?
Ela é outra,
dentro e fora,
da sua
morada?
Fui eu,
dentro e fora,
da sua
porta?
Deixe suas mãos
where I can´t see
Não sabe que o teu coro
é desejado
por mais
de 50
estados,
mon cher?
Eu amo,
mas
não é up to me
é
up to you
e sempre foi
sempre foi
foi
E
sobre
as coisas
que me
disse
na orelha
(PACHORRA)
abrindo
(cinicamente)
o seu portão
(cinicamente)
sorrindo
Aiiiii!
Como quis,
eu,
Gritar
Todas as
coisas que
entraram
on
my
mind
Meu amigo
tá foda
te
vê
Tá mais
f
ácil
te deixar
de banca
É que sabe
teve um tempo
que eu precisei
MAIS
de você
mon cher
terça-feira, 4 de dezembro de 2012
Ill, Bill and Pills
http://soundcloud.com/marcelathome/ill-pills-and-bills
It´s the machine
of today
I got crazy
on the line
with
God
He wants
my
panties
wet
to see
his fucking miracles
I got the bill
from the doctor
today
He told me
I am ill
He said
-Honey, there is no god
I took my pills
and the vision
does not
stop
Doc!
They say
I am
Ill
While I am
in an astronaut
outfit
on my way to
the moon
to the moon
Honey
to the moon
Ill
Pill
Bill
It´s fucking Ironic
how
everything
rymes
while
doctors
put
humans
in
a
cage
and
animals
in a
space
ship
It´s the machine
of today
I got crazy
on the line
with
God
He wants
my
panties
wet
to see
his fucking miracles
I got the bill
from the doctor
today
He told me
I am ill
He said
-Honey, there is no god
I took my pills
and the vision
does not
stop
Doc!
They say
I am
Ill
While I am
in an astronaut
outfit
on my way to
the moon
to the moon
Honey
to the moon
Ill
Pill
Bill
It´s fucking Ironic
how
everything
rymes
while
doctors
put
humans
in
a
cage
and
animals
in a
space
ship
segunda-feira, 3 de dezembro de 2012
No vértice de Werther
Eu
vivo
me
matando
(pistola-tira-colo)
O meu
tiro
é meu
alvo
Roubei o gatilho
sentimental
da armada
intelectual
Sou uma sorrateira trincheira
cavando buracos
acessanndo
cartas
de
defuntos-amantes
A pistola
é minha
única
interlocutora
Quando
me
atira
existo,
morrendo,
vivo
me
matando
(pistola-tira-colo)
O meu
tiro
é meu
alvo
Roubei o gatilho
sentimental
da armada
intelectual
Sou uma sorrateira trincheira
cavando buracos
acessanndo
cartas
de
defuntos-amantes
A pistola
é minha
única
interlocutora
Quando
me
atira
existo,
morrendo,
domingo, 2 de dezembro de 2012
sábado, 1 de dezembro de 2012
Para os que conhecem o The dark side Of the Moon
Se eu morrer, não chore não, é só a lua
To comprehend
darkness
you need
to pack a bag
to the moon
Just like Patti & Dylan
You like too many women
I like too little men
You
look like Dylan
and
I want to sing
like
Patti
We know you like
too
many
women
and
We know I
ain´t
a kind
of
woman
The exclamation mark,
I am, I am
The question mark,
we are, we are
We know I like
too
little
man
and
We know you
are no kind
of men
The walker
you are, you are
The path
we are, we are
I like too little men
You
look like Dylan
and
I want to sing
like
Patti
We know you like
too
many
women
and
We know I
ain´t
a kind
of
woman
The exclamation mark,
I am, I am
The question mark,
we are, we are
We know I like
too
little
man
and
We know you
are no kind
of men
The walker
you are, you are
The path
we are, we are
sexta-feira, 30 de novembro de 2012
The man with the mirror
-Till she finally sees that she's like all the rest
With her fog, her amphetamine and her pearls-
They call
him
backwards
and tell
me
tales
about
him
Like
he is
a
underground
superhero
or
something
He picked
up
my
hair
and said:
Darling
you need
to
stop
looking
yourself
in the
mirror
and
cut all my hair
off
in less
than
one
hour
or
something
He
looked
right
inside
of me
and
smilled
I´m not
sure
what was
exactly
what he
wanted
to tell
me
but I am guessing
it was
the power
of silence
and
the
beauty
of
non reflecting
lifes
or
something
After I was
shaved
A friend
told us
we looked
like
brothers
and
I
thought
or
something
With her fog, her amphetamine and her pearls-
They call
him
backwards
and tell
me
tales
about
him
Like
he is
a
underground
superhero
or
something
He picked
up
my
hair
and said:
Darling
you need
to
stop
looking
yourself
in the
mirror
and
cut all my hair
off
in less
than
one
hour
or
something
He
looked
right
inside
of me
and
smilled
I´m not
sure
what was
exactly
what he
wanted
to tell
me
but I am guessing
it was
the power
of silence
and
the
beauty
of
non reflecting
lifes
or
something
After I was
shaved
A friend
told us
we looked
like
brothers
and
I
thought
or
something
Sub-meto
Submissão
é uma
faca
de dois
gumes
tem quem diga que é bom
tem quem diga que é mal
Submissão
é como
qualquer
outra
coisa
na
vida
uma faca de dois gumes
faca que brinca
de assustar-nos
entre os nossos dedos
submeto-me
ao
bem
ao
mal
e
a
faca
e
seus
dois
gumes
é uma
faca
de dois
gumes
tem quem diga que é bom
tem quem diga que é mal
Submissão
é como
qualquer
outra
coisa
na
vida
uma faca de dois gumes
faca que brinca
de assustar-nos
entre os nossos dedos
submeto-me
ao
bem
ao
mal
e
a
faca
e
seus
dois
gumes
quarta-feira, 28 de novembro de 2012
A justiça de um paradoxo
Quando repondem-me
-Justo
Quero etrangular
o ángulo lógico
do discurso
A justiça assim
falada
soada
por cordas
mesmo
que
vocais
Tocam-me
nos nervos
e
agora
nos versos
Contaminação de justiça,
é o que
o meu cérebro computa
(água perto dos ossos)
Os ossos duros
da ideologia
gia
gira-me
lógica
atemporal
dos papéis dos
homens
injustos.
Justiça
é como um efadonho discurso
prolíxo
que depois se justifica
dizendo que a palavra
significa
falar dificil
-Justo
Quero etrangular
o ángulo lógico
do discurso
A justiça assim
falada
soada
por cordas
mesmo
que
vocais
Tocam-me
nos nervos
e
agora
nos versos
Contaminação de justiça,
é o que
o meu cérebro computa
(água perto dos ossos)
Os ossos duros
da ideologia
gia
gira-me
lógica
atemporal
dos papéis dos
homens
injustos.
Justiça
é como um efadonho discurso
prolíxo
que depois se justifica
dizendo que a palavra
significa
falar dificil
terça-feira, 27 de novembro de 2012
Sabe qual é o problema desse menino?
É sempre
Ela
e
nunca
Eu
É
Gabriela
Daniela
Isabela
Júlia
e
nunca, nunca
Eu
Ela
e
nunca
Eu
É
Gabriela
Daniela
Isabela
Júlia
e
nunca, nunca
Eu
Literatura morna, como diz a Bíblia, vomito-te
O Preto
e
O Branco
é
Maravilhoso
e
que
se foda
os
50
tons
de
cinza
e
O Branco
é
Maravilhoso
e
que
se foda
os
50
tons
de
cinza
Os Abusados
Mulher que fala
articula
rebola
e
bota
o
pau na mesa
Abusa
a
mesa
de
jantar
e
a cabeceira
cadeira
de
muito
homem
A-B-USA
o fator sentido
da disciplina
masculina
de
ser
másculo
Aí tem outras
(escondidas mulheres)
não tão idolatradas
mas
com certeza
muito mais
bem
amadas
e
beijadas
Fica então
mulher
de pau na mão
e
com dor de cotovelo
a
escutar
reclamação dos homens que abusou:
-Mulher Cala a Boca e me lava a cozinha, faz favor!
Amor proibicionista
Eu carrego dólares e dolores
e
você
carrega
o
mundo
inteiro
e
no
meu
cangote não cabe
mundo nenhum
sem
dólares e dolores
e
você
carrega
o
mundo
inteiro
e
no
meu
cangote não cabe
mundo nenhum
sem
dólares e dolores
Maternidade
batom
vermelho
para
matar homens
Aprendi com O mestre
A Sra. Minha Mãe
e
ela
diz
-Se o batom borrar, é aí que o bixo vai pegar!
Eu fujo de beijos e procuro os outros
Usar a língua
é usar as
víceras
Faço amigos
perguntando-lhes
sobre
íntimas
infâmias
e
eles
me
contam
e
quando
respondo
falo
com cor de
sangue
sobre
segredos que não se guardam
e beijos que não nos damos
é usar as
víceras
Faço amigos
perguntando-lhes
sobre
íntimas
infâmias
e
eles
me
contam
e
quando
respondo
falo
com cor de
sangue
sobre
segredos que não se guardam
e beijos que não nos damos
terça-feira, 13 de novembro de 2012
O que me resta dizer
Sem punhetar
Sou Dada
sou de cabelos inexistentes
e de memória incoerente
E para humanizar-me
ultilizo
a filosofia
que nos
torna
nada
Mas para me
colocar no mundo
compreendo
quase nada
mas mantenho
olhos atentos
a lógica
atual
Nacional
•
•
•
• da Globalisação
não sei se entendo
mas danço
quero?
não
mas não sou coro
tu não es coro
mas enfim
somos coro
não de lógica
mas de confusão
ideológica e
amorfa
e há de ter
tempo
•
•
•
•
• e população
para contrariar
surpreender
os que escreve
com a voracidade da fala
produto de vida
e imagem
ainti-Datena
sem cameras também
podemos enxergar
mas sem subjetividade
será que podemos
nos questionar?
Sou Dada
sou de cabelos inexistentes
e de memória incoerente
E para humanizar-me
ultilizo
a filosofia
que nos
torna
nada
Mas para me
colocar no mundo
compreendo
quase nada
mas mantenho
olhos atentos
a lógica
atual
Nacional
•
•
•
• da Globalisação
não sei se entendo
mas danço
quero?
não
mas não sou coro
tu não es coro
mas enfim
somos coro
não de lógica
mas de confusão
ideológica e
amorfa
e há de ter
tempo
•
•
•
•
• e população
para contrariar
surpreender
os que escreve
com a voracidade da fala
produto de vida
e imagem
ainti-Datena
sem cameras também
podemos enxergar
mas sem subjetividade
será que podemos
nos questionar?
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segunda-feira, 12 de novembro de 2012
As sutilezas do homem
As sutilezas do homem
como percebè-las
Me preocupo
em
estuda-las
conte-las
todas
no
(m)eu
G-R-I-T-O
escrevo
as
sutilezas
que rondam-me
a
mente
oralidades
neuronais
antes achava
que
era cancêr,
hoje acho
que são
flores
monocromáticas
preto
branco
azul
vermelho
e amarelados
medos
são as sutilezas
do homem
o preto e o branco
de uma tecla
de
piano.
como percebè-las
Me preocupo
em
estuda-las
conte-las
todas
no
(m)eu
G-R-I-T-O
escrevo
as
sutilezas
que rondam-me
a
mente
oralidades
neuronais
antes achava
que
era cancêr,
hoje acho
que são
flores
monocromáticas
preto
branco
azul
vermelho
e amarelados
medos
são as sutilezas
do homem
o preto e o branco
de uma tecla
de
piano.
sábado, 10 de novembro de 2012
Jay-C
Jay-C,
tem muita gente
dizendo
que você me ama.
Tá na Tevê
Bebê
Tá no rabo
do caminhão
Onde você
trabalha,
onde você
mora?
Escancaram
o teu amor
nos muros
e nas
placas
perto
de motéis
Jay-C,
porque?
O teu negócio
o teu jeito
nada sei.
Me falaram
que você
é como vento
queria que tu fosse
Tsunami!
tem muita gente
dizendo
que você me ama.
Tá na Tevê
Bebê
Tá no rabo
do caminhão
Onde você
trabalha,
onde você
mora?
Escancaram
o teu amor
nos muros
e nas
placas
perto
de motéis
Jay-C,
porque?
O teu negócio
o teu jeito
nada sei.
Me falaram
que você
é como vento
queria que tu fosse
Tsunami!
Um maço para esquentar a voz
Sempre achei
que era
poetisa
Mas o
tempo
as
páginas
e
o
cruel talento
me ensinaram
que não
Minha voz
sempre falou
mais alto
O goró
então
me fez caminho
(se não escrevo,
pelo menos bebo)
Fazendo amigos
entendi
que entender
não cora
as minhas buchechas
Me surpreender
molha
todas
as minhas
calcinhas
Foi
oral
o
meu
infame
talento
(Oralidade
por ti
me
derreto)
Falo,
falo e
falo
e é por pouco
que não
sinto
A-i!
que era
poetisa
Mas o
tempo
as
páginas
e
o
cruel talento
me ensinaram
que não
Minha voz
sempre falou
mais alto
O goró
então
me fez caminho
(se não escrevo,
pelo menos bebo)
Fazendo amigos
entendi
que entender
não cora
as minhas buchechas
Me surpreender
molha
todas
as minhas
calcinhas
Foi
oral
o
meu
infame
talento
(Oralidade
por ti
me
derreto)
Falo,
falo e
falo
e é por pouco
que não
sinto
A-i!
Arbore-me
Foi deixar as velhas roupas
queima-las
ve-las se tranformarem
em pó
pó
ó
d
Mulheres destemidas
homens covardes
Chuva encoberta
de pele
de cheiro
de facas
amoladas
Mulheres deprimidas
Homens covardes
(A raíz do espírito
adorado
por multidões
sempre
come
sozinho
calado
alagado)
Por ter um
coração partido
me confiam
a fidelidade
Por eu ter amado
mais que pude
não
Humanos sempre covardes
sempre acham
que
não
quinta-feira, 8 de novembro de 2012
Careta, o palhaço também sabe fazer
Deu quieto
deu certo
renomados gemidos
Lambidas automáticas
suspiros pensados
o script
te conquista
Disse
o autoajuda
que Judas é utópico,
também são os orgasmos
O prêmio
é dado
pra quem fica
esperando
carícia
carente
Te desenham mulher
como tu fazes com
tua maquiagem
te computam mulher
como tu fazes com
teus homens
Se não gozo
é por
não conseguir
Se gemo
é por
de fato sentir
Se amo...
já não sei mais me maquiar...
deu certo
renomados gemidos
Lambidas automáticas
suspiros pensados
o script
te conquista
Disse
o autoajuda
que Judas é utópico,
também são os orgasmos
O prêmio
é dado
pra quem fica
esperando
carícia
carente
Te desenham mulher
como tu fazes com
tua maquiagem
te computam mulher
como tu fazes com
teus homens
Se não gozo
é por
não conseguir
Se gemo
é por
de fato sentir
Se amo...
já não sei mais me maquiar...
domingo, 28 de outubro de 2012
O fim em dez cigarros de tempo
Deixou-me na cabeceira
caixa-box de cigarros filtrados
E eu ainda lhe falava de cura
e ele
que sempre foi
curado;
Desprendi de meus pulmões
um arroto transversal no quarto
Esfumacei seu rosto
caminhante e sem desejo
de meus pileques
monumentais
Ele me serviu a vodka,
apontou-me a porta
da geladeira,
minha única e fiel escudeira.
Traguei mais tragos
intragaveis de final.
Falavam-nos algumas sentimentalidades
televisivas,
amores crueis terminados
em casamento.
Alimentei-me do insucesso
de amar
Os pelos corbetos
de rostos
acendiam os olhos
a cada
meu
cigarro fumado.
Ele colocou no rádio
uma inocente melodia,
tentativa subestimada
de quebrar o obscuro
fumo da retirada.
Minha mente pregou
olhos de filhotes na porta,
imaginei-me saindo
por seus infinitos
buracos oráculares.
Ao inventar imagens
o olho,
por fim,
rendeu-se a ver a realidade:
Meu último cigarro não fumado
Foi no tempo de acender
e ver as cinzas queimarem
que lembrei-me de Swann
exclamando o fim
da feia Odette
-E dizer que estraguei anos inteiros de minha vida, que desejei a morte, que tive meu maior amor, por uma mulher que não me agrada!-
Nem terminei o cigarro e fui embora feliz
caixa-box de cigarros filtrados
E eu ainda lhe falava de cura
e ele
que sempre foi
curado;
Desprendi de meus pulmões
um arroto transversal no quarto
Esfumacei seu rosto
caminhante e sem desejo
de meus pileques
monumentais
Ele me serviu a vodka,
apontou-me a porta
da geladeira,
minha única e fiel escudeira.
Traguei mais tragos
intragaveis de final.
Falavam-nos algumas sentimentalidades
televisivas,
amores crueis terminados
em casamento.
Alimentei-me do insucesso
de amar
Os pelos corbetos
de rostos
acendiam os olhos
a cada
meu
cigarro fumado.
Ele colocou no rádio
uma inocente melodia,
tentativa subestimada
de quebrar o obscuro
fumo da retirada.
Minha mente pregou
olhos de filhotes na porta,
imaginei-me saindo
por seus infinitos
buracos oráculares.
Ao inventar imagens
o olho,
por fim,
rendeu-se a ver a realidade:
Meu último cigarro não fumado
Foi no tempo de acender
e ver as cinzas queimarem
que lembrei-me de Swann
exclamando o fim
da feia Odette
-E dizer que estraguei anos inteiros de minha vida, que desejei a morte, que tive meu maior amor, por uma mulher que não me agrada!-
Nem terminei o cigarro e fui embora feliz
quinta-feira, 25 de outubro de 2012
Ousar-me feliz
para Frederico Bertani e Mariana Varela
Colorindo papeis a grafite
rabiscando as linhas
covardes e trêmulas.
O papel escapa
(sempre de vez em quando)
o braço,
como alfinete
rasga digitais
formando bolhas vermelhas
no papel.
Colorido, o papel timbrado
com sangue.,
Me fiz
pequena na preguiça
de ser grande.
(Decreto-Geral:
Agora Escorrego
a minha última lágrima,
escorrego
o meu último lamento
em papel cinzento!)
Não fiz bola
com o sangue de papel
Fiz que os olhos marinados
se rendessem ao olhar do sol.
As lágrimas constroem na retina
um vitral, que me explode
nuances de cores concentradas
no horizonte multifacetado.
Foi assim, como uma música quente,
Que ousei olhar.
Foi assim, como um amor inocente
que fiz de meus dedos
carinhosos instrumentos
Foi assim,
da noite pro dia
do escuro a cor
que meu papel
se fez de pele
e meu coração
de valente.
Foi assim,
que ousei
dizer
poderá eu,
por fim render-me
e ousar-me feliz?
sábado, 20 de outubro de 2012
Habito pedaços patéticos de armadilhas
Só apagarei o cigarro
quando a decadência
virar o cinzeiro
no rodamoinho inefável
de cinzentas cruzes
abastecidas no meu
inconsciente.
Só apagarei o cigarro
se o inefável virar forma, forma!
Só discutirei as horas do relógio
se derramarem os segundos no ar,
regurgitado por todas as vacas
sagradas da Índia.
Só discutirei as horas do relógio
que forem endereçadas para teorias
populares de recém nascidos.
Olho perplexa como a palavra tem morfia exata na imensidão de sentidos quânticos. Entrego, então, figos e mentiras a forma que esta caneta responde graficamente a este meu lamento imprestável
quando a decadência
virar o cinzeiro
no rodamoinho inefável
de cinzentas cruzes
abastecidas no meu
inconsciente.
Só apagarei o cigarro
se o inefável virar forma, forma!
Só discutirei as horas do relógio
se derramarem os segundos no ar,
regurgitado por todas as vacas
sagradas da Índia.
Só discutirei as horas do relógio
que forem endereçadas para teorias
populares de recém nascidos.
Olho perplexa como a palavra tem morfia exata na imensidão de sentidos quânticos. Entrego, então, figos e mentiras a forma que esta caneta responde graficamente a este meu lamento imprestável
quarta-feira, 10 de outubro de 2012
Sub-verso de xadrez
Subevertidos
os bispos
inventam
sinistros
tabuleiros
No sub(o)mundo
foram
guilhotinados
todos os peões
Invertida a torre
pela rainha casta
que não come
penetra
o castelo adentro
Obsceno
o rei se jogou
do cavalo
arisco
pela hora
da sonata
envenenada
trovejante e
subvertida
dos românticos
os bispos
inventam
sinistros
tabuleiros
No sub(o)mundo
foram
guilhotinados
todos os peões
Invertida a torre
pela rainha casta
que não come
penetra
o castelo adentro
Obsceno
o rei se jogou
do cavalo
arisco
pela hora
da sonata
envenenada
trovejante e
subvertida
dos românticos
terça-feira, 9 de outubro de 2012
Calhordas
Começarei na primeira pessoa
segunda e terceira
e todos os plurais
Calhas, encalha
Calou-me calhordas
Leviano sujo de terra
ou seria outro tom de marrom?
Ordinário sinônimo
Antônimo seriam os Marcianos
Planeta, deserto de calhamaços
científicos e despro-vindo
canavias
Planeta sem terra
Anti-ciência política
Caixote no mar
segue afogando
a carnificina
invadividindo endividados
campestres emcaixoatados
afundam no
mar
lar
ar
segunda e terceira
e todos os plurais
Calhas, encalha
Calou-me calhordas
Leviano sujo de terra
ou seria outro tom de marrom?
Ordinário sinônimo
Antônimo seriam os Marcianos
Planeta, deserto de calhamaços
científicos e despro-vindo
canavias
Planeta sem terra
Anti-ciência política
Caixote no mar
segue afogando
a carnificina
invadividindo endividados
campestres emcaixoatados
afundam no
mar
lar
ar
domingo, 30 de setembro de 2012
domingo, 23 de setembro de 2012
"Belo Belo Minha Bela"
para Luciana Junqueira de Queiroz
Caminhantes da Paulista
atravessamos as noites
sem sussurros
aos gritos
expandidos em cores
que me explode o signo
retina.
Belo belo, minha bela
Belo belo, minha bela
As salas de jantar querem
se desorganizar ao
fluir das nossas loucuras
tímidas que fumam
cigarros e vocábulos
despretensiosos
e amantes das estantes
de barbas distantes.
Belo belo, minha bela
Belo belo, minha bela.
A varanda não me
esperou quando eu
cheguei em casa
Foram as flores bela
Foram as flores!
A viagem de pinceis
da sua companhia
me deram de jantar
um sono com sonho
e nesta noite os Monstros
não vieram me visitar.
Caminhantes da Paulista
atravessamos as noites
sem sussurros
aos gritos
expandidos em cores
que me explode o signo
retina.
Belo belo, minha bela
Belo belo, minha bela
As salas de jantar querem
se desorganizar ao
fluir das nossas loucuras
tímidas que fumam
cigarros e vocábulos
despretensiosos
e amantes das estantes
de barbas distantes.
Belo belo, minha bela
Belo belo, minha bela.
A varanda não me
esperou quando eu
cheguei em casa
Foram as flores bela
Foram as flores!
A viagem de pinceis
da sua companhia
me deram de jantar
um sono com sonho
e nesta noite os Monstros
não vieram me visitar.
sábado, 22 de setembro de 2012
Tratado
O tratado aborrecido cospe
mil vezes
seus porcos
O sol brilha na retina de um
cê-ego, cago, cego, caco
A luva branca da lavadeira
que pinta minhas roupas de marrom cor
de metal.
Tratado na maca meio inferno meio lado
Tirei um sarro do monstro dentro de mim
meio lado rasgado colorindo tudo que em mim
é tripa.
Anal manhã como anel de brilhante
Tratado feito entre o que eu flatulei e o que eu amei.
mil vezes
seus porcos
O sol brilha na retina de um
cê-ego, cago, cego, caco
A luva branca da lavadeira
que pinta minhas roupas de marrom cor
de metal.
Tratado na maca meio inferno meio lado
Tirei um sarro do monstro dentro de mim
meio lado rasgado colorindo tudo que em mim
é tripa.
Anal manhã como anel de brilhante
Tratado feito entre o que eu flatulei e o que eu amei.
terça-feira, 18 de setembro de 2012
quarta-feira, 12 de setembro de 2012
Desanatômia
Os meus pensamentos não comportam meu corpo.
Desnaturalisada, a minha linguagem é estéril
como os ovários dos Marcianos.
A disritmia sísmica da terra
clona os medos e fica entre os fatos.
Fosse o útero uma máquina do tempo
antes fosse possível a caneta nos tornar orgânicos.
terça-feira, 11 de setembro de 2012
O espirro que não espirra
As mãos não tocam esses vales de lenços que a imaginação supõe olhando pra luz. Caverna de pelos que permite entrar muito mais ar do que o toque.Repressão de algum espírito que pelas curvas passou, pousou mas não espirrou.Coberto de nevoa incitam alergias, algumas vezes coletivas que
ressoam suspiros mas nunca um espirro!
Dizem ser culpa do tempo,resisto mas digo chuvisca, chuvisca, chuvisca mais. O ar é persistente em dar leves cócegas; narina direita, narina esquerda. Chuvisca mas não molha ar. O nariz respira bem fundo e grande depois deixa sair esperançoso,
tristonho,
cansado.
De noite se esfrega o nariz, alérgico-não-espontâneo
esfrega e esfrega
mas o espirro é teimoso
não espirra mas quer muito espirrar!
Six feet under
O que me assusta
não é
o cheiro da minha
cova
O que me assusta
são os
pastos
que sugam
os restos podres da
morte
A vida
mata por puro
egoísmo
de querer
nascer de novo
O ar
se ausenta
sufoca
o pânico
da fragilidade
quase medíocre
de se auto-chamar
humano
Fatalidade é alivio
da culpa
de famílias
infelizes
Sentam na
mesa
para jantar
suas dores
mesquinhas
do passado
Filhos
ao ponto
por pais com
medo
de cortar
ou enfiar
onde pode
sangrar
Sem pedir
licença
Me corto
(só para contrariar)
Enxaguo
minha cabeça
e grito
-É sangue!
não é
o cheiro da minha
cova
O que me assusta
são os
pastos
que sugam
os restos podres da
morte
A vida
mata por puro
egoísmo
de querer
nascer de novo
O ar
se ausenta
sufoca
o pânico
da fragilidade
quase medíocre
de se auto-chamar
humano
Fatalidade é alivio
da culpa
de famílias
infelizes
Sentam na
mesa
para jantar
suas dores
mesquinhas
do passado
Filhos
ao ponto
por pais com
medo
de cortar
ou enfiar
onde pode
sangrar
Sem pedir
licença
Me corto
(só para contrariar)
Enxaguo
minha cabeça
e grito
-É sangue!
sábado, 8 de setembro de 2012
O Universo
Na garganta se encontra o maior erro de Deus
do tamanho de uma agulha que não costura
guelras for d´água.
Tratamento do metafísico que se acha incrível perante ao sistema solar que deforma a gravidade.
Tudo é crível!
São seus olhos que procuram
algum eco
em estômagos embrulhados.
Porém, agachado, o menino continua a encontrar a farpa que lhe entrou no dedo.
do tamanho de uma agulha que não costura
guelras for d´água.
Tratamento do metafísico que se acha incrível perante ao sistema solar que deforma a gravidade.
Tudo é crível!
São seus olhos que procuram
algum eco
em estômagos embrulhados.
Porém, agachado, o menino continua a encontrar a farpa que lhe entrou no dedo.
quinta-feira, 23 de agosto de 2012
Sobre cavalos
Dormido
tanto sonho interrompido
O ronco estridente dos amores
que me acordaram no susto
dizendo: Chupa-me
Retruco me agachando e pedindo perdão
pela a minha pele submetida
pela minha mente gaguejada
pela estrada ainda seca
O amor que me foi dado
foi sem tato no vai vem
frenético
no dentro e sai
das minhas entranhas
Me deixaram sangrando
em cima da cama
Me embalei na rede
Levantei meus dedos com raiva
querendo me bater, mas não
me apanhei do chão e acariciei-me
até o sono pesar mais que as correntes
em volta de meu corpo.
E quando choro ainda pergunto: Por que?
O ronco estridente dos amores
que me acordaram no susto
dizendo: Chupa-me
Retruco me agachando e pedindo perdão
pela a minha pele submetida
pela minha mente gaguejada
pela estrada ainda seca
O amor que me foi dado
foi sem tato no vai vem
frenético
no dentro e sai
das minhas entranhas
Me deixaram sangrando
em cima da cama
Me embalei na rede
Levantei meus dedos com raiva
querendo me bater, mas não
me apanhei do chão e acariciei-me
até o sono pesar mais que as correntes
em volta de meu corpo.
E quando choro ainda pergunto: Por que?
domingo, 15 de julho de 2012
Debulho de raiva
Trago ao peito expandido
um silêncio que late um cão com raiva.
Raiva
desta caneta que não protege o meu discurso
raiva,
deste papel que me corta a superfície e
maltrata-me quando nua.
Raiva, raiva
da momentânea inutilidade dos amigos,
da cegueira que me abate
da saliva que gagueja.
Eu tenho raiva
desta baba que me escorre os dentes como sangue
do meu bafo ocre
do meu corpo podre
da minha mente sem sanidade sanitária
Raiva
da vacina que me deram
prometendo me curar
um silêncio que late um cão com raiva.
Raiva
desta caneta que não protege o meu discurso
raiva,
deste papel que me corta a superfície e
maltrata-me quando nua.
Raiva, raiva
da momentânea inutilidade dos amigos,
da cegueira que me abate
da saliva que gagueja.
Eu tenho raiva
desta baba que me escorre os dentes como sangue
do meu bafo ocre
do meu corpo podre
da minha mente sem sanidade sanitária
Raiva
da vacina que me deram
prometendo me curar
segunda-feira, 2 de julho de 2012
Poema de minuto
para Dorinha
Nos encontremos aonde nos basta e viremos borboleta.
Já que a morte não nos parece insteressante,
diferentemente das estrelas.
Nos encontremos aonde nos basta e viremos borboleta.
Já que a morte não nos parece insteressante,
diferentemente das estrelas.
sábado, 30 de junho de 2012
A formiga Atômica atravessou a rua e a esmagaram como tomate
As piadas sem sentido nos trazem um riso confortável no absurdo. Interesses privados, aquela mesma coisa comum. Monstruosidade do acaso. Clientes ambíguos da causa mercantil de bichos exóticos-quase-humanos. Comportamento autométrico à respostas mecânicas e ausentes. Liberada sem descrição de libertinagem no dicionário. Caminhamos, então, com Deus no braço esquerdo. Uma mão me aponta uma caneta que assina virada pro não. Não sei quem foi, quem é, quem sou.
quarta-feira, 27 de junho de 2012
Para tu que me pega na mão e me vende o penhasco...
...descobre em mim o que me esmurra a pedra.
Você que encontrou a liberdade
diz para aquele que vive no verde
que a uva é suicida em épocas de vinagre.
Amarrei meu bode na amoreira central do abismo,
quando venta o ar sangra.
Para compensar o vácuo, minha mente
vira estrela no cosmos que me conhece mais que a terra.
Espero pela promessa dos 3 desejos do gênio que virou louco
segundo os olhos psicóticos do mundo 2000.
Sou mesmo uma preguiça de olhos vendados dentro de uma
panela de pressão, apressam-me as moléculas enquanto
degusto sabores de vida.
O vapor faz o tempo passar dentro dos meus poros.
Usei pernas de pau quando criança hoje sou o anão no circo,
as crianças riem dos palhaços sem medo da melancolia.
Forma nunca foi conteúdo, só desespero concreto de quem nega
nossa humilde ingnorância.
Joguei o meu cigarro para morrer no chão e o caminhão
não me recolheu na coleta diária e seletiva.
O fim é um nada e a vida é um nada vestido de tudo.
Você que encontrou a liberdade
diz para aquele que vive no verde
que a uva é suicida em épocas de vinagre.
Amarrei meu bode na amoreira central do abismo,
quando venta o ar sangra.
Para compensar o vácuo, minha mente
vira estrela no cosmos que me conhece mais que a terra.
Espero pela promessa dos 3 desejos do gênio que virou louco
segundo os olhos psicóticos do mundo 2000.
Sou mesmo uma preguiça de olhos vendados dentro de uma
panela de pressão, apressam-me as moléculas enquanto
degusto sabores de vida.
O vapor faz o tempo passar dentro dos meus poros.
Usei pernas de pau quando criança hoje sou o anão no circo,
as crianças riem dos palhaços sem medo da melancolia.
Forma nunca foi conteúdo, só desespero concreto de quem nega
nossa humilde ingnorância.
Joguei o meu cigarro para morrer no chão e o caminhão
não me recolheu na coleta diária e seletiva.
O fim é um nada e a vida é um nada vestido de tudo.
terça-feira, 26 de junho de 2012
Av. Brasil
Com o corpo desvendado eu caminho escondida pela Avenida Brasil.
Os carros caminham comigo, cortejando o meu corpo-substrato.
Com os pulsos descobertos almejo o sol, buzinando dentro dos meus músculos.
Minha vida-caixa sem som. Estrada permanentemente nauseabunda.
Engarrafamento na Av. Brasil abriu a garrafa dos meus olhos e encheu o copo do passageiro de ônibus.
Foi ele mesmo que me disse para chorar cheiro e cachaça
Os turistas me querem insensível ao ver o meu reflexo invisível na faixa de pedestre.
Sou corpo de bagunça atravessando a rua fétida. São as minhas axilas de trabalhador da mente.
Cato o lixo litúrgico da Igreja Nossa Senhora do Brasil;
ouvi dizer que o Senhor-pós-moderno se disfarça em materiais recicláveis;
as vezes o vejo em janelas blindadas.
Rezo ao meio-dia como um analfabeto.
Se escuto perdão, leio culpa.
Vejo
Vermelho, amarelo, verde
Faz barulho no silêncio da cidade...
quinta-feira, 21 de junho de 2012
Maturidade imposta por paredes fúnebres
Em memória de Nair Thomé
Cigalho tempo depois da morte. Chegou a hora cruel e misericordiosa de perdoar Deus. Chorei feito uma antagônica criança ouvindo o padre falar da pequena semente de mostarda e do coração fértil de Jesus. Jogar para plantar, quanto clichê esquecido na paixão de Cristo. Carregamos a nossa cruz egoísta sem mesmo saber se ela pesa. A morte pesa. Foi quando o grito mais original em mim se calou. O 11o domingo do tempo comum, mudou o animal em mim. Animal cosmopolita sem fé diante do espelho virtual. Vi que este animal é o mais burro de todos. Nada no mundo me esvaziou mais que a minha inabilidade de acreditar. Senti a vertigem daquele que se encontra. Seca sertanejeira dentro do miúdo ser que habita bem longe das veias que irrigam células transmissoras de pranto. No nada a distância me veio marrom e não supostamente taciturna. Cherei a terra feito animal desconsolado, comi uma minhoca e engoli um pouquinho daquilo que morre para ver se a crença ressuscitaria em mim. Chorei por lembrar que o meu animal viu poucas vezes a terra, medroso que é, cheirou poucas vezes a vida, covarde que é. Da geografia universal o que mais conheço é o duro asfalto sem vida. O cortejo fúnebre me levou com o coração pesado para te dizer (a)Deus. Enterram-me com terra e compaixão. Renasci na fé, com um jardim na boca.
Cigalho tempo depois da morte. Chegou a hora cruel e misericordiosa de perdoar Deus. Chorei feito uma antagônica criança ouvindo o padre falar da pequena semente de mostarda e do coração fértil de Jesus. Jogar para plantar, quanto clichê esquecido na paixão de Cristo. Carregamos a nossa cruz egoísta sem mesmo saber se ela pesa. A morte pesa. Foi quando o grito mais original em mim se calou. O 11o domingo do tempo comum, mudou o animal em mim. Animal cosmopolita sem fé diante do espelho virtual. Vi que este animal é o mais burro de todos. Nada no mundo me esvaziou mais que a minha inabilidade de acreditar. Senti a vertigem daquele que se encontra. Seca sertanejeira dentro do miúdo ser que habita bem longe das veias que irrigam células transmissoras de pranto. No nada a distância me veio marrom e não supostamente taciturna. Cherei a terra feito animal desconsolado, comi uma minhoca e engoli um pouquinho daquilo que morre para ver se a crença ressuscitaria em mim. Chorei por lembrar que o meu animal viu poucas vezes a terra, medroso que é, cheirou poucas vezes a vida, covarde que é. Da geografia universal o que mais conheço é o duro asfalto sem vida. O cortejo fúnebre me levou com o coração pesado para te dizer (a)Deus. Enterram-me com terra e compaixão. Renasci na fé, com um jardim na boca.
quarta-feira, 6 de junho de 2012
Rush-me hour
São Paulo 6:00 da tarde. Segunda-feira de luxo e com cheiro de charuto. Um vinho, dois vinhos; a cidade quer beber chá. Água gasosa para não dar ressaca enquanto o meu pulmão defuma o meu fígado. Nas tardes não sei definir ausência morfa nem ego ferido. Indigno-me comigo por levar o meu bloquinho que não me da status algum. Toda essa boêmia desenfreada em épocas de conservas de figo. Um vinho dois vinhos; embaixo de um prédio residencial. O prédio reside nas famílias sem mim. A cidade me fuma as cores da fumaça em um hall de entrada. O quadro cafona ilumina a minha alma com uma luz baixa de faróis em velocidade limite. Não quero me embriagar. Um vinho, dois vinhos; para ver no asfalto o tempo epifanico virar cotidiano dentro de um taxi vago que entope os meus vasos lacrimais. As 7:00 a cidade para ao mesmo passo que eu há tanto, há muito estou estática.
sexta-feira, 1 de junho de 2012
As flores brocham e os pintos murcham
Por um adeus mais produtivo as flores se recolheram da colheita invernal deste ano.
Por um amor infernal o olho do cu me pisca em noites cheiradas a antidepressivos.
O pinto murchou antes mesmo de se regar da minha saliva, o pinto se concretizou em pedra epitáfica na beira da estrada a caminho de Margarida.
Margarida, mulher(es) Bebericou na minha mão, olhou e sentou a beira de mim.
Berei seus olhos e tentei não rir. Pinto murcho por ti em noites escaldantes, amarelas, ele diz.
O pinto cacareja e cisca a flor nas costas das minhas pernas. Pernas que não se abrem ao ver o sol por de trás da mata.
Mata ofegante risonha e promiscua. Não quero dar. Quero é dar loucamente, por de tras do sol sem mata.
Te como por inteira flor brochada de Junho e te cuspo fora o coração.
O Viagra expositor na estante da memória de jovens murchos, sem flores românticas nas mãos que brocham.
quarta-feira, 30 de maio de 2012
Em fartura de memória te lembrei
O infinito depois de uma vírgula
Te estrangulei ao tentar alcançar as reticências
Sem decência nem seu
amor
me dei de quatro na
esquina
Mirambulei idéias românticas, me caguei por esquecer
da superficie
rala e pouca
que sou
Não te dei nome Senhor das enchetes navegantes das minhas
veias
Me abri sem pedir licença, perdoa amor; mas foi que te encontrei, nesta noite,atravessado na minha guela.
Te estrangulei ao tentar alcançar as reticências
Sem decência nem seu
amor
me dei de quatro na
esquina
Mirambulei idéias românticas, me caguei por esquecer
da superficie
rala e pouca
que sou
Não te dei nome Senhor das enchetes navegantes das minhas
veias
Me abri sem pedir licença, perdoa amor; mas foi que te encontrei, nesta noite,atravessado na minha guela.
segunda-feira, 28 de maio de 2012
Enciclopédia de sonhos
Meu corpo em espasmos saindo da minha mente. Pirotecnia de atores franceses que me odeiam.
Mordi o dedo de um garçom nas ruas de Buenos Aires depois de eu lhe afirmar que o meu pai era fazendeiro.
Estupro noturno do bicho de sete cabeças, suor com lençol molhado do meu primeiro orgasmo.
Falha de memória no meu pulo de um mundo para o outro, apontei meu dedo mindinho bem na cara do Bullying da minha infância.
Cai de uma árvore no colo do Buda que me fez chorar depois de me bater tão forte no meu bumbum.
Entrei no elevador espelhado com um buraco ocular que dava a ver o calidoscópio do mundo dos gigantes. O elevador caiu em queda livre para dentro de um carro em fuga, ladeira a baixo da favela em que Zebras gigantes habitam. Entrei em um casebre onde multi-homens me tateiam. Eu me vendi por 2 reais e um copo de bebida, me entreguei no chão de terra batida. Levei um pontapé, escutei o grito da rua e senti nos meus ouvidos o bafo da cidade. Paralisada em um evento negro o pânico se instalou nas pontas dos meus pés, mexi dedo por dedo até o ar explodir meus pulmões. Acho que acordei chorando
(Quem me amou não me ama mais)
segunda-feira, 21 de maio de 2012
Mim não faz nada
Quis ensimesmar: Eu em mimmesmar
na poeira cósmica de mim.
Intestinal caminho do self
service.
Fila andrógena de bichos,
herbicarnívoros,
diriam os cientistas.
Estala estela a costela
de mim.
Tirar para rebolar por entre
os laços do grosso intestino
lançado pela NASA ao espaço sideral.
Para mim querer poesia de banheiro
foi preciso tirar de mim desejo.
O grande vaso a levar de mim,
planetas que rebolam na minha
casa, que é em mim a minha
mente.
Mim quer fazer
tremer a casa do eu
Mas mim é abstrato e o eu é físico.
O físico espaço da Gramática grita:
(Em) mim
não faz nada.
na poeira cósmica de mim.
Intestinal caminho do self
service.
Fila andrógena de bichos,
herbicarnívoros,
diriam os cientistas.
Estala estela a costela
de mim.
Tirar para rebolar por entre
os laços do grosso intestino
lançado pela NASA ao espaço sideral.
Para mim querer poesia de banheiro
foi preciso tirar de mim desejo.
O grande vaso a levar de mim,
planetas que rebolam na minha
casa, que é em mim a minha
mente.
Mim quer fazer
tremer a casa do eu
Mas mim é abstrato e o eu é físico.
O físico espaço da Gramática grita:
(Em) mim
não faz nada.
quinta-feira, 17 de maio de 2012
Elegia moderna para poeta fujão
Poeta você perdeu a mão do lápis, mas ainda rabisca, com as unhas, fazendo o papel sangrar.
Me disse: Senhorita M. pare já de escrever, o seu negócio é viver.
Eu te dei um belo tapa na cara.
Poeta você me conhece, sou na tua linha o decote bem servido com o papel de bala na mão.
Poeta você descreve, personagem que canta e toca violão.
O título da página, rua Harmonia número zero. Foi tempo poeta, faz tempo poeta.
Ser personagem esquecida, é pior que ser morta em começo de romance poeta.
O troço é que o seu bloquinho sumiu e a Caneta-computadora te fudeu irmão.
Eu te disse, vai escrever, você resolveu viver, foi preso na contramão. Fazendo poesia
foi confundido por político; Poeta você não o é. Agora ta na justiça das palavras burocráticas,
vão te prender poeta, por falso-testemunho poético.
Só eu poeta, leitor, só eu entenderia a metafísica do seu ato em vão.
Agora me diz, aonde você se meteu depois de tirar o seu dedo do cu?
tu-tu-tu-tu linha cortada depois do seu roubo ao banco central,
que caralho poeta, eu não uso bota nem dirijo camburão.
Meu olho só quer te mirar pra vê. tudo simples assim poeta.
Seu advogado judeu me ligou e me disse chorando que também sente. vê se pode?
Sente que você não pagou pra vê. Porra poeta, to pagando pra vê, você. Ta afim?
Tô desintoxicada na academia que me devora poeta, e eu querendo destruir os ossos duros da ideologia.
Você longe e eu aqui a destruir ossos.
Eu sou sua testemunha, lembra cristão? foi junto que agente incendiou a igreja,
atrás do altar. Ninguém entrou e eu ainda te devo essa.
Betty Boop te ligou e disse que ta solteira, me passou telefone
e tudo. é preciso jogar sujo poeta, se não a realidade ainda me mata.
Volta pra mim, nem que seja por 5 minutos do seu cigarro poeta, por um cigarro.
Me disse: Senhorita M. pare já de escrever, o seu negócio é viver.
Eu te dei um belo tapa na cara.
Poeta você me conhece, sou na tua linha o decote bem servido com o papel de bala na mão.
Poeta você descreve, personagem que canta e toca violão.
O título da página, rua Harmonia número zero. Foi tempo poeta, faz tempo poeta.
Ser personagem esquecida, é pior que ser morta em começo de romance poeta.
O troço é que o seu bloquinho sumiu e a Caneta-computadora te fudeu irmão.
Eu te disse, vai escrever, você resolveu viver, foi preso na contramão. Fazendo poesia
foi confundido por político; Poeta você não o é. Agora ta na justiça das palavras burocráticas,
vão te prender poeta, por falso-testemunho poético.
Só eu poeta, leitor, só eu entenderia a metafísica do seu ato em vão.
Agora me diz, aonde você se meteu depois de tirar o seu dedo do cu?
tu-tu-tu-tu linha cortada depois do seu roubo ao banco central,
que caralho poeta, eu não uso bota nem dirijo camburão.
Meu olho só quer te mirar pra vê. tudo simples assim poeta.
Seu advogado judeu me ligou e me disse chorando que também sente. vê se pode?
Sente que você não pagou pra vê. Porra poeta, to pagando pra vê, você. Ta afim?
Tô desintoxicada na academia que me devora poeta, e eu querendo destruir os ossos duros da ideologia.
Você longe e eu aqui a destruir ossos.
Eu sou sua testemunha, lembra cristão? foi junto que agente incendiou a igreja,
atrás do altar. Ninguém entrou e eu ainda te devo essa.
Betty Boop te ligou e disse que ta solteira, me passou telefone
e tudo. é preciso jogar sujo poeta, se não a realidade ainda me mata.
Volta pra mim, nem que seja por 5 minutos do seu cigarro poeta, por um cigarro.
Não servirei de adubo para as Margaridas
Ocorreu-me a idéia de me mijar de medo atravessando o viaduto.
A corrente de ar de São Paulo me veio amoniacal.
Sem escapismos nem metáforas, o cheiro da cidade me submete;
São as frases soltas que me captam de fora pra dentro,
obrigando-me a compreender
o solo fatigado deste asfalto,
A passarela elegante dos trabalhadores enternados
sacode as minhas pálpebras contemplativas.
Observo para além do escritório espelhado, para além da alusão moderna
de céu. O meu rosto ultrapassa a salinha do café, vira a direita do corredor e abre a porta: Banheiro feminino.
Mijei na água e me limpei. Pensei em voz alta, talvez quem sabe a sociedade me escute que nem um Deus.
Vestida de século XXI tirei a minha bic do bolso e relatei na porta do banheiro que o cheiro do ralo era meu.
Fedida e vestida fui buscar buracos na fila do trêm, não meu Senhor, eu não tenho 50 centavos para te levar daqui para lá.
É assim que pago as minhas contas, freando o passo da multidão ao te negar ser grão neste balde de areia.
Sim meu Senhor,
O pão também é grão, o problema é que ele vira pastoso e hoje o viaduto quer me ver virar água descendo, pra baixo do subterrâneo.
A corrente de ar de São Paulo me veio amoniacal.
Sem escapismos nem metáforas, o cheiro da cidade me submete;
São as frases soltas que me captam de fora pra dentro,
obrigando-me a compreender
o solo fatigado deste asfalto,
A passarela elegante dos trabalhadores enternados
sacode as minhas pálpebras contemplativas.
Observo para além do escritório espelhado, para além da alusão moderna
de céu. O meu rosto ultrapassa a salinha do café, vira a direita do corredor e abre a porta: Banheiro feminino.
Mijei na água e me limpei. Pensei em voz alta, talvez quem sabe a sociedade me escute que nem um Deus.
Vestida de século XXI tirei a minha bic do bolso e relatei na porta do banheiro que o cheiro do ralo era meu.
Fedida e vestida fui buscar buracos na fila do trêm, não meu Senhor, eu não tenho 50 centavos para te levar daqui para lá.
É assim que pago as minhas contas, freando o passo da multidão ao te negar ser grão neste balde de areia.
Sim meu Senhor,
O pão também é grão, o problema é que ele vira pastoso e hoje o viaduto quer me ver virar água descendo, pra baixo do subterrâneo.
quarta-feira, 4 de abril de 2012
Encxertos tirados de uma vida-cassete
(...)
- Evito usar qualquer tipo de coisa que não representa a maneira das minhas mudanças. Tem muita gente querendo me conservar.
(...)
-Será tudo isso um apego ao infinito?
-Não, é o presente em andamento.
(...)
-Foi estupro!
-Estupro?
(...)
-O Alemão sublinhou a imbecilidade do conceito nação (risos).
-Era alemão, loiro e brasileiro. Era um gostoso.
(...)
-Tive dois filhos negros. O mais velho se chamava Diógenes. O povo falava que ele era amargo como um maracujá. Eu não. Achava ele elegante e nada mais.
(...)
-Não chamaria de dialética. Dicotomia seria mais preciso.
(...)
-Concordo com Michel, fumo cigarros quando estou nervosa e todo o resto do tempo.
(...)
-O Google foi um amante meu em idade mais madura. Ele me ensinou uma porção de coisas interessantes.
(...)
-Horácio? viciado em cartiado se jogou da ponte e viveu. Essas coisas da metafísica. Parece poético mas não é.
(...)
- Evito usar qualquer tipo de coisa que não representa a maneira das minhas mudanças. Tem muita gente querendo me conservar.
(...)
-Será tudo isso um apego ao infinito?
-Não, é o presente em andamento.
(...)
-Foi estupro!
-Estupro?
(...)
-O Alemão sublinhou a imbecilidade do conceito nação (risos).
-Era alemão, loiro e brasileiro. Era um gostoso.
(...)
-Tive dois filhos negros. O mais velho se chamava Diógenes. O povo falava que ele era amargo como um maracujá. Eu não. Achava ele elegante e nada mais.
(...)
-Não chamaria de dialética. Dicotomia seria mais preciso.
(...)
-Concordo com Michel, fumo cigarros quando estou nervosa e todo o resto do tempo.
(...)
-O Google foi um amante meu em idade mais madura. Ele me ensinou uma porção de coisas interessantes.
(...)
-Horácio? viciado em cartiado se jogou da ponte e viveu. Essas coisas da metafísica. Parece poético mas não é.
(...)
quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012
Hilstórias de amor
Crássio que lembrava-se de Hilda que lembrava-se de Túlio que há muito foi comprar cigarros.
O primeiro, castro
A segunda, poetisa e
O último, político.
-Hilda, já te disse, corta teus excessos.
-Crássio se te excedo, não a mim. Teus excessos são tão entediantes como você. Em ti, só excesso de consoantes. Se as retirasse, tu te tornarias romano. Tão belos romanos, com tão feias conquistas.
-Tuas palavras te traem.
-Viver a vida, é você quem trai as palavras. Não sabe nem mesmo roubar Godard.
-Hoje te confundo. Por onde anda seu vocabulário malcriado?
-Embriagado, só para te irritar.
-Quer casamento? Casa, mesa e bananas.
-Banana podre, já sei, me disse algumas vezes. Tá podre? amassa e põe açucar.
-Me tomas por um boludo.
-Crássio não se iluda, teu personagem é castro.
O primeiro, castro
A segunda, poetisa e
O último, político.
-Hilda, já te disse, corta teus excessos.
-Crássio se te excedo, não a mim. Teus excessos são tão entediantes como você. Em ti, só excesso de consoantes. Se as retirasse, tu te tornarias romano. Tão belos romanos, com tão feias conquistas.
-Tuas palavras te traem.
-Viver a vida, é você quem trai as palavras. Não sabe nem mesmo roubar Godard.
-Hoje te confundo. Por onde anda seu vocabulário malcriado?
-Embriagado, só para te irritar.
-Quer casamento? Casa, mesa e bananas.
-Banana podre, já sei, me disse algumas vezes. Tá podre? amassa e põe açucar.
-Me tomas por um boludo.
-Crássio não se iluda, teu personagem é castro.
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