quinta-feira, 11 de julho de 2013

Os bolsos do Morto

As pencas desses anos que me convidam sempre em maltratar o fígado com doses de cólera, agrupada com os dedos dos pés refletidos em um banheiro nunca esquecido como se ele próprio fosse um altar. Decidida em me abandonar nessa meia idade de duas décadas e um pouco mais, a morte arrogante dos sublimes. Me vejo em pouco pó que em palco irá virar a ladeira da preguiça e entrar na cama arrumada  das minhocas que me chamam para morar com elas perto de lascas de madeiras. O amor transformado pelo infinito desejo de se perpetuar como sombra que leva tudo a até as últimas instancias, no haras invertido em cavalos que me ensinaram a dar coices nas palavras mediócres desse homem, título de poesia, dono de muito assombro das noites sangrentas dessa minha vida. Empobrecida eu sei que estou, arrependida de todos os meus clichés vestidos de loucuras, de porres, de mortes, de goles em goles. engole-me por fim, entrega-me tua alma bandido das esquinas em que Caio nas sarjetas que me apanham nessas ainda madrugadas as mesmas em que me amavas mentindo amor, com dor não te deixo cambalear perto do meu chamado coragem. Feroz e covarde o buraco que me cabe desse latifúndio, desses dedos que estupram para apenas lembrar o cheiro de todas as terças-feiras da minha infância. Chego aqui, por frase trocada de pontos finais Reticencias memoráveis essas minhas! se me jogo dessas pontes imaginárias de uma cidade que fede a ele, vou caindo ao abraço desse asfalto. Não sei esquecer-te homem oco, de santas ocas, buracos negros, que o corpo pouco da minha existência transformou-te em mito, edípico. eu mereço cegar-me por nunca saber ter visto.

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