quarta-feira, 12 de junho de 2013

O Porteiro

Olhos de Lince rebobinando

as saias que saio
as blusas que entro

Os homens que traio
Os cigarros que acendo

O porteiro de dia sorri
o da noite então gargalha

Eu perco a decência
pagando a conta
apagando a luz

Eu finjo prudência
abrindo o portão
e gritando um Olá

E quando eles dormem
eu envergonhada
aperto a campainha
Eles acenam com a cabeça
e não dizem nada

E é assim o nosso trato
Ele, que de mim quase tudo sabe

-Boa noite meu amigo, bom trabalho e até logo


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