segunda-feira, 3 de junho de 2013

Ser Tão

Polui-me de sujeitos
na corrente de um rio
beirado com a seca

Re-corrente café urbano
o que sei eu sobre o Sertão?

De burros conheço,
tem nome e cheiro
de corrida lambida na crina

De gauches mineiros conheço,
tem pegado como um irmão,
nas minhas linhas, na minha mão

Cantigas antigas,
como trilho de trêm
dentro do caixão
no buraco que não me cabe
dentro do asfalto,
essa cidade não tem chão

Gritam muitos carros
na avenida que me colhe e sabe

Também sei que prato
não é comida em que se cospe.
Tem cara, tem ouvido e
e não tem perdão

Intuitivo Jagunços
da lei
da terra batida

Homem feito
Homem nada
Super feito
com os burros
n´agua

Fez dele ignorante
e transformou-te em verdade
Café urbano,
o que sei eu
desse eco de cidade?


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