Deitada,
com os olhos
mirando a ponta
afiada desse belo
veneno
na gruta
na moita
Eu ando solitária
a descobrir sonidos
sem dramas
na lama
Eu respiro o meu barro
deliciosamente
rastejado
encubido
nos poros
dos meus olhos
enxames
Satisfação e verdade
sentenciada
nesse mesmo predicado
Ele me mira e vê
a arrebentada
variante torrencial
que existe entre
o corpo e o berro
entre eu, eu vejo
eu veto, respiro
ele feito de mato
no sonho do outro
mais verde e alto
meu ventre no ato
e eles lambuzam-se
dela, aquela
que nunca foi eu
além de marrom
e trago
descalço o sapato
e grito Adeus
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