quinta-feira, 30 de maio de 2013

Subentendida métrica

Cretino fado
de estar sempre de lado
aos teus pés
como se tu
foste eu
encarnado

Corrigido pelo
vento ortográfico
essa pedra calcada
no meu meio sorriso
olhando esse chão
a fio, a nado

Te jurei ser irmã
mesmo amando-te
como parte
tricotada no quente
palpitar esquerdo
desse peito

Anuncio
solitário
que não sei
te escrever,
meu desejo,
se quer um misero
soneto

Te deixo meus olhos
como palavra corrida
da minha mente
ofegante e
por vez entediada
mas encestantemente
por ti apaixonada



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